Biologia - Animais em extinção

Lobo – guará - Chrysocyon brachyurus

Grupo Mamíferos
Espécie Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815)
Nome vulgar Lobo-guará e Lobo-de-crina
Fatores de ameaça Perda de habitat, atropelamento e doença
Bioma Cerrado, Pampa e Pantanal
Plano de Ação PAN Lobo Guará, PAN Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Brasil (publicado em 2004)

É uma espécie de pernas longas, pelagem longa de cor laranja-avermelhado e orelhas grandes. Possui uma crina negra no dorso, mesma cor do focinho, das patas dianteiras e de mais da metade distal das patas traseiras. A garganta e a parte interna das orelhas são brancas. Cerca de 44% do comprimento da cauda tem cor branca (parte distal), mas a proporção varia entre indivíduos. Possui habitats abertos, como campos, cerrados e veredas e campos úmidos. A dieta é variada, consistindo principalmente de frutos e pequenos vertebrados. 
É uma espécie de hábito solitário, cujos indivíduos se juntam em casais apenas na época reprodutiva. O tamanho da área ocupada por casais é bem variável, ao longo de sua distribuição, variando de 6 a 115 km². Há participação do macho nas atividades de cuidado parental com os filhotes. (MACHADO et al., 2008)

Jaguatirica - Leopardus pardalis mitis

Grupo: Mamíferos
Espécie: Leopardus pardalis mitis (Linnaeus, 1758)
Nome vulgar : Jaguatirica; Gato-maracajá; Maracajá-verdadeiro; Maracajá-açu
Fatores de ameaça: Perda/alteração de habitat, caça.
Bioma: Caatinga; Cerrado; Mata Atlântica; Pantanal
Plano de ação PAN Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Brasil (publicado em 2004).

A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte,dominante nas áreas de cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível do mar até 3.800 m. 
É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo.
O comprimento médio da cabeça e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica em torno entre 8 a 15,1 kg. 
O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. 
São solitários e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. 
Carnívora, possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g. (MACHADO et al., 2008).

Abelha - Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica Silveira
É uma espécie sobre a qual não há nenhuma biológica, além do habitat em que ocorre (Mata Atlântica úmida, entre 800 e 900m de altitude). Presume-se , considerando o que se conhece de outras espécies do gênero, que elas construam os ninhos na forma de galerias ramificadas no solo e que sejam generalistas, coletando alimento nas flores de grande número de espécies, várias famílias diferentes. (MACHADO et al., 2008)
Grupo: Invertebrados Terrestres - Insetos
Espécie: Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica Silveira, 1996

Nome vulgar :Abelha
Fatores de ameaça :Perda/degradação de habitat.
 Bioma: Mata Atlântica

Plano de Ação Centros De Pesquisa : CECAT
Unidades de Conservação

- EE da Boracéia (SP).
Ações do ICMBio (Instituto Chico Mendes – MMA) - Avaliação do estado de conservação dos himenópteros brasileiros. 



Jararaca – ilhoa – Bothropoides insularis 

Classificação: Criticamente em perigo
Grupo: Repteis
Espécie: Bothropoides insularis
Nome Vulgar: Jararaca-ilhoa.
Fatores de ameaça:
Queimada e Tráfico ilegal.
Bioma: Mata Atlântica.

É encontrada apenas na ilha da Queimada Grande (43 ha), distante 33 km da costa na região de Itanhaém, litoral sul do Estado de São Paulo.
Os adultos dessa espécie são encontrados sobre a vegetação, mas também utilizam o chão da mata. Podem estar ativas tanto de dia quanto à noite. A dieta de adultos é baseada em pássaros migratórios, que são capturados tanto no chão como nas árvores. Os jovens alimentam-se de anfíbios, lagartos e centopéias.
O acasalamento ocorre no outono e início do inverno (entre março e julho) e os nascimentos de filhotes no verão. Embora seja fácil encontrar indivíduos adultos na ilha, o mesmo não ocorre com os filhotes, mesmo durante o período dos nascimentos. Isso poderia ser explicado por uma baixa taxa de natalidade.
O tamanho da ninhada não ultrapassa 10 filhotes. Expedições recentes à ilha da Queimada Grande têm registrado poucas fêmeas prenhes na população.
É abundante na ilha da Queimada Grande. Estimativas recentes indicam que há em torno de 1.500 a 2.000 indivíduos nos cerca de 30 ha de florestas da ilha, o que representa uma densidade de aproximadamente 50 a 70 serpentes por hectare. 

(MACHADO et al., 2008)


Baleia Jubarte – Megaptera novaeangliae 

Classificação: Vulnerável.
Grupo: Mamíferos
Espécie: Megaptera novaeangliae
Nome Vulgar:
Baleia Jubarte; Baleira-corcunda; Baleia-de-corcova.
Fatores de ameaça: Caça, Acidentes com redes de pesca e embarcações, alteração do habitat, poluição química e sonora.
Bioma: Marinho.


Apresenta uma série de características que facilitam a sua identificação: possui grandes nadadeiras peitorais, que podem medir até um terço do comprimento total do animal, a nadadeira dorsal possui a forma de uma corcova.
É cosmopolita. Medem, em média, de 12 a 15 m de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos. O peso dos adultos varia entre 25 e 40 toneladas. O período de gestação é de 11-12 meses e a lactação pode continuar por mais 10 ou 12 meses. O intervalo entre nascimentos é de 2 anos, em média, sendo possível uma fêmea estar prenhe e amamentando simultaneamente. A maturidade sexual é atingida entre os 4 e 7 anos de idade. Na Antártica, estimativas populacionais da espécie indicam cerca de 42.000 indivíduos no Hemisfério Sul. 

Referência: - ¹MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M. & PAGLIA, A. P. (eds) Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 2008, 1420 p. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas, 2008
- ²NASCIMENTO, J.L.; CAMPOS, I.B. (orgs.). 2011. Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais. Brasília: ICMBio, 276 pp. 




Beija-flor-das-costas-violetas – Thalurania watertonii


Classificação: Vulnerável.
Grupo: Aves
Espécie: Thalurania watertonii
Nome Vulgar: Beija- flor- das costas- violetas.
Fatores de ameaça: Perda e degradação de habitat.
Bioma: Mata Atlântica

É uma espécie endêmica do nordeste do brasil. é o principal polinizador de várias espécies de bromélias na rppn frei caneca. A espécie é rara em matas urbanas, no entanto é abundante em várias grotas úmidas e densamente sombreadas de florestas tardias na serra do mascarenhas. O período reprodutivo vai de outubro a março. Habitat o interior de florestas tardias ou secundárias, podendo frequentar a borda de florestas mais estruturadas. Ocorre em altitude entre 5 a 980 m acima do mar.

Referência: - ¹MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M. & PAGLIA, A. P. (eds) Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 2008, 1420 p. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas, 2008
- ²NASCIMENTO, J.L.; CAMPOS, I.B. (orgs.). 2011. Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais. Brasília: ICMBio, 276 pp.
http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/lista-especies/1202-beija-flor-das-costas-violetas-thalurania-watertonii


Ouriço-do-Mar

Grupo:Invertebrado Aquáticos Equinodermos
Espécie: Cassidulus mitis Krau, 1954
Nome vulgar: Ouriço-do-mar
Fatores de ameaça: Perturbação humana, perda/degradação de habitat.
Bioma: Marinho
Distribuição                      
Espécie com distribuição restrita, endêmica do Estado do Rio de Janeiro. Foi registrada apenas em três localidades: Baía de Sepetiba, Baía de Ilha Grande e Praia Vermelha (Rio de Janeiro, RJ). Sendo encontrados poucos exemplares nas duas primeiras (01 e 25 indivíduos, respectivamente).
Fator de Ameaça:
A principal ameaça que essa espécie sofre é a vulnerabilidade do ambiente (Praia Vermelha), onde ocorre a única população com maiordensidade conhecida.


Borboleta - Euselasia eberti


Nome Científico: Euselasia eberti
Autor: Callaghan, 1999
Nome Vulgar: Borboleta
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Riodinidae
Bioma: Mata Atlântica
Universidade de Conservação: PARNA da Serra da Bocaina², PE de Campos do Jordão¹ (SP).
A espécie foi recém descrita e conhecida de somente dois lugares em florestas de altitude da Mata Atlântica, em altitudes ao redor de 1.800 m. Sua biologia e plantas hospedeiras são desconhecidas, assim como a fêmea.



Macaco-pergo-do-peito-amarelo - Cebus apella xanthosternos


Classe: Mammalia
Ordem:  Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Cebus apella xanthosternos
Nome vulgar: Macaco-pergo-do-peito-amarelo
Categoria: Ameaçada
Ocorrência Geográfica: Sudeste da Bahia e um pequeno trecho ao norte de Minas Gerais. Habita a Mata Atlântica
Categoria/Critério: Espécie ameaçada de acordo com a lista oficial do IBAMA. Apêndice II da CITES. É uma espécie ameaçada de extinção devido a destruição do seu principal habitat, a Mata Atlântica.
Cientista que descreveu: Wied, 1820
Fatores de ameaça - As causas desse desaparecimento são atribuídas tanto à destruição das florestas que lhes servem de habitat, como ao comércio ilegal de exemplares vivos e à caça indiscriminada, fatores negativos que os colocam entre os primatas que mais correm riscos de extinção no mundo.



Perereca Verde - Aplastodiscus ehrhardti

Nome Científico: Aplastodiscus ehrhardti
Família: Hylidae     
Ordem: Anura
Distribuição: Endêmica da Mata Atlântica, especificamente na região Norte de Santa Catarina.
Habitat: Lagos, poças, riachos e brejos.
Alimentação: Na fase girino (larvas), alguns anfíbios não se alimentam, mantendo-se com as reservas do próprio ovo. Mas a maioria come detritos e algas. Alguns chegam até a ser carnívoros (chamados de exotróficos).
Reprodução: Os anfíbios anuros se reproduzem em ambientes aquáticos, além de micro-ambientes que possam armazenar água (caso das bromélias e ocos das árvores). Quando não, em lugares úmidos. Até o momento há 39 registros diferentes de modos reprodutivos desta espécie. O mais usual é a desova direta em ambientes aquáticos, onde dos ovos surgem os girinos. No caso desta perereca-verde, costuma escolher riachos de águas cristalinas e no meio da floresta para se reproduzir.

A exemplo de muitos animais que sofrem com a destruição de seu habitat natural, o mesmo pode-se dizer desta perereca-verde, endêmica da Mata Atlântica e que só é avistada num lugar muito específico: o Norte de Santa Catarina. 

O estrato da floresta a que ela está restrita é ínfimo e frequentemente ameaçado (já que só restou 7% da mata original em todo o Brasil). O problema, além do verde, é que os riachos em que procriam e onde os girinos se desenvolvem, estão sendo gradativamente poluídos. 
Normalmente a perereca-verde, a exemplo dos demais de sua extensa família, tem nos machos os seus "cantores". Eles costumam coaxar ora empoleirados em taquaras e copa dos arbustos, ora no alto das árvores. 
Aliás, entre os Hylidae, a grande maioria é arborícola e de hábitos noturnos. O macho mede cerca de 37 mm.



Tartaruga Gigante Dermochelys coriacea

Nome Científico: Dermochelys coriacea
Nomes comuns: de couro ou gigante
Categoria de ameaça: Criticamente ameaçada (classificação da IUCN)
Distribuição: todos os oceanos tropicais e temperados do mundo
Habitat: Vive usualmente na zona oceânica durante a maior parte da vida. A única área regular de desova conhecida no Brasil situa-se no litoral norte do Espírito Santo
Caracteristicas: no Brasil já foram registrados indivíduos com até 182cm de comprimento curvilíneo de carapaça. A maior tartaruga de couro encontrada no mundo tinha 2,56m de comprimento de carapaça. Chega a pesar até 700kg. A mais pesada encontrada no mundo tinha 916kg. A sua carapaça composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de pequenas placas ósseas, formando sete quilhas ao longo do comprimento, daí o nome popular, de couro. Apenas os filhotes apresentam placa. A dieta é composta por zooplâncton gelatinosos, como celenterados, pyrossomos e salpas
Estimativa mundial da população: 34 mil fêmeas em idade reprodutiva
Curiosidades: A área conhecida com desovas regulares situa-se no litoral norte do Espírito Santo, com relatos de desovas ocasionais no Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Há também registros de ocorrências reprodutivas no Piauí.


Gavião-cinza 
 Circuscinereus (Vieillot,1816)   
Ordem:Falconiformes
Família: Accipitridae
Habitat: Ocorre frequentemente nos locais onde a vegetação é alta, nos locais alagados e também nas altas montanhas dos Andes até aos 4500 m.       
Características:  É um falconídeo em que os machos medem 40 cm e as fêmeas 50 cm de comprimento.   Parte superior cinzenta, uropígio branco, barras caudal inconspíscua e uma barra caudal terminal preta, a parte inferior do corpo é malhada com tons de cor de canela. 
Comportamento:  Voa planando, alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, répteis e invertebrados. Ao regressar de uma caçada o macho entrega a presa à fêmea em pleno voo. A fêmea persegue macho que logo larga a presa, a fêmea em seguida dá um semi-looping, reduzindo a velocidade com as asas e erguendo a parte posterior do corpo, apanhado o alimento com os pés. Constrói o ninho sobre a vegetação do brejo 10cm do nível da água, no início de Outubro.           
Categoria de ameaça:  Criticamente em perigo                                    
Distribuição: Ocorre no  sul do Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Malvinas e Argentina até à Terra do Fogo.

Onça Pintada – Panthera onca
                                               

É o maior felino das Américas, podendo alcançar em média de 150 kg e tendo até 1,8 m. As espécies que habitam as florestas são menores que aqueles que habitam os campos do Pantanal e os campos de cerrado. A onça pintada é muito parecida com o leopardo, mas ela se distingue dele por ter um corpo mais forte e robusto e uma cauda menor. Ela tem um corpo maciço, pernas curtas e patas longas, tem uma pelagem amarelo-alaranjado no lombo e mais claro perto do peito, possuindo círculos escuros com vários pontinhos pretos no interior. É comum encontrar onças com uma coloração mais escura, as encontradas são popularmente chamadas de pantera, pantera negra ou onça negra. 
A onça pintada é um felino noturno, que gosta de caçar ao anoitecer ou um pouco antes do amanhecer. Tem uma visão de excelente qualidade, no qual é fundamental na hora da caça. É um animal carnívoro que se alimenta de mamíferos grandes e médios, como também de outras presas menores. Suas caças prediletas são capivaras, veados, antas, macacos, queixadas e até cavalos e gado bovino. Quando caça aves ela sabe imitar seu pio, e ela não perdoa nem os peixes, o arrancando das águas a tapas. Este animal está no topo da cadeia alimentar, possuindo mandíbulas fortes e matando suas presas perfurando o crânio com os caninos, podendo até rachar cascos de tartarugas. Ela se satisfaz com um cardápio variado, que pode chegar desde antas a peixes, também incluindo humanos quando necessita de algo para comer. 
A onça tem uma gestação de 120 dias na qual nasce em torno de 2 a 4 filhotes por vez. Eles nascem com a pele manchada e escura, e com os olhos fechados, pesando aproximadamente 970 kg. A cria é treinada com empurrões na água, para que ela perca o medo da água. A cria fica com a mãe até 1 ou 2 anos de idade, pois o filhote só é liberado quando ele possui a capacidade de caçar sozinho, o transformado em um animal respeitável. A partir daí o animal tem uma vida solitária, sendo temido por todas as outras espécies do meio em que vive. 
Como as onças vivem próximas da água, elas são boas nadadoras, atacando assim também alguns animais aquáticos como peixes e até mesmo jacarés. Elas também usam do ambiente aquático para se refrescar nos dias de calor. Além disso a onça pintada também é uma trepadeira, utilizando dos galhos da floresta para descansar e para caças, mas devido ao seu peso elas não alcançam os galhos maiores.
Sua pele tem um alto valor no mercado, sendo assim, muitos destes felinos já foram mortos para a retirada de sua pele. Além disso, ele entra na lista de animais em risco de extinção em decorrência da caça ilegal e da falta de habitat (pois muitas onças estão tendo seu território invadido por plantações ou por gados). Além disso, por ser um animal muito perigoso e temido, os fazendeiros tendem a matar estes animais quando o encontram, contribuindo assim coma extinção da espécie. 

Grupo: Mamífero
Espécie: Panthera onca
Nome popular: Onça-pintada, Onça-preta, Onça-canguçu
Fatores de ameaça: Perda/degradação de habitat, caça das espécies-presa
Bioma: Caatinga, Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal




Cervo Pantanal – Blastocerus dichotomus Illiger

O cervo pantanal vive preferencialmente em áreas de banhado, várzeas de rios, matas de galeria, cerrados e campinas inundadas. Ele tem uma alimentação vegetal, se alimentando de brotos de arbustos, leguminosas e plantas aquáticas. Os cervos pesam em média de 100 kg, sendo que alguns indivíduos podem chegar a 150 kg. Estes tem o período de gestação de cerca de 9 meses, podendo ter apenas um filhote por ano.
O cervo é adaptado ao meio aquático por conta das membranas que eles tem que juntam os dedos, facilitando a locomoção nas águas. Eles geralmente andam em pequenos grupos ou em casais, podendo ser encontrados também sozinhos. Esta característica se dá pela caça excessiva a espécie, o que forçou os mesmos a andar em pequenos grupos para que não fossem notados.
O animal é encontrado no Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina, sendo que no Brasil ele se encontra no Amazonas, Bahia, Goiás e Pará. Atualmente pequenos grupos de cervo do pantanal foram encontrados no norte do Mato Grosso, no sul do Pará, Tocantins, sudoeste de Goiás, na Bacia do rio Paraná e no Rio Grande do Sul (no qual a população está basicamente extinta).
O cervo pantanal está na lista vermelha e animais em extinção devido a caça ilegal, a destruição do seu habitat em decorrência da construção e usinas hidroelétricas e projetos de irrigação e doenças introduzidas por animais domésticos como febre aftosa e tuberculose. Como o animal está em situação de risco, foram feitas várias propostas para tentar amenizar a situação como a criação de parques, reservas particulares e outras unidades de conservação, o aumento da fiscalização da caça e critérios que diminuem os danos provocados pelas usinas hidroelétricas.

Grupo: Mamíferos
Espécie: Blastocerus dichotomus Illiger
Nome popular: Cervo-do-pantanal; Guaçu-pucu; Suaçuapara; Cervo
Fatores de ameaça: Perda/fragmentaçãp de habitats, doenças introduzidas, caça.
Bioma: Amazônia; Cerrado; Pantanal

Baleia azul – Balaenoptera musculus Linnaeus

É o maior animal do mundo, que vive não somente nas águas Latino Americanas como em todo o mundo, tanto no Hemisfério Sul quanto no Norte. É meio difícil de avistar, pois este animal não costuma nadar nas águas rasas, a baleia azul prefere as grandes profundezas do oceano. Seu mergulho costuma durar de três a dez minutos, podendo chegar a trinta minutos, sendo que nesses mergulhos mais longos ela atinge a profundidade de 200 metros.
Seu principal predador é a baleia orca. A velocidade com que nada pode chegar a 30 quilômetros por hora, mas pode variar de 5 a 15 quilômetros por hora nas horas mais calmas. A alimentação da baleia azul é de pequenos crustáceos (podendo comer até duas toneladas de crustáceos por dia).
As fêmeas são maiores que os machos, sendo que os machos tem 22 metros e as fêmeas tem 24. Os filhotes nascem com 7 a 8 metros, pesando 2,5 toneladas em média, após 12 meses de gestação. Estes filhotes são amamentados durante 8 meses consumindo 380 litros de leite por dia, quando eles se tornam independentes eles tem cerca de 16 metros e pesam quase 21 toneladas.
A baleia azul se tornou uma espécie em extinção por conta da caça no final do século XIX e início do século XX. Acredita-se que havia cerca de 250 mil representantes no Hemisfério Sul antes do período exploratório, e hoje não há mais que 1.500, colocando a espécie na lista de animais em extinção.

Grupo: Mamíferos
Especie: Balaenoptera musculus Linnaeus
Nome popular: Baleia-azul
Fatores de ameaça: Caça, capturas acidentais em redes de pesca, colisões com embarcações e a degradação ambiental
Bioma: Marinha

Coral-de-fogo -  alcicornis

Nome científico: Millepora alcicornis
Família: Millepora
Nome popular: Coral-de-fogo
Categoria: Vulnerável
Espécie: alcicornis
Bioma: Marinho

Possui pólipos são bem pequenos, ocorrem em grande quantidade e se abrigam em pequenos poros, daí a origem do nome latino Millepora, que significa “mil poros”. São membros conspícuos e um dos mais importantes organismos construtores dos recifes brasileiros.
É um animal colonial, bentônico, que secreta esqueleto de carbonato de cálcio. Possui células urticantes, os nematocistos, provocam, em pouco tempo, queimaduras intensas e dores em mergulhadores que os tocam. As colônias têm tonalidades de mostarda a amarronzado e as extremidades dos ramos são esbranquiçadas. Sua morfologia é complexa, ramificada, apresentando altos graus de plasticidade fenotípica. Possui pólipos especializados para alimentação e defesa. Pode se reproduzir assexuadamente, por brotamento e fragmentação. A reprodução sexuada se dá por meio de pequenas medusas, que são liberadas quando maduras e, após algumas horas de vida livre, liberam os gametas. A fecundação se dá no mar e o ovo se desenvolve na larva plânula. Alimenta-se de zooplâncton. Representam também um micro-hábitat onde ocorre o recrutamento de algumas espécies de peixes, crustáceos e poliquetas. 


Mico Leão Dourado - rosalia

Nome científico: Leontopithecus rosalia
Família: Callitrechidae 
Nome popular: Mico Leão Dourado
Categoria: Em perigo
Espécie: rosalia
Bioma: Mata atlântica

mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é um mamífero pertencente à família Callitrechidae e à ordem Primates. O comprimento deste animal varia de 20 a 37 cm, o rabo mede de 30 a 40 cm. Seu peso oscila entre 360 e 800 g e sua pelagem, suave e sedosa, tem cor amarelo dourado e está disposta sobre sua cabeça em forma de juba, fato que lhe valeu o apelido.
O mico-leão-dourado atinge a maturidade aos dois anos e pode viver (em cativeiro) até 15 anos. Esta espécie de primata se diferencia dos outros por possuir dois molares, ao invés de três, em cada lado da mandíbula superior e, com exceção do polegar, por ter garras em vez de unhas.
Este mico habita o sudeste do Brasil (na mata atlântica  do Rio de Janeiro e no sul do Espírito Santo). Seus hábitos são diurnos e arborícolas e, durante a noite, dorme nos buracos das árvores. Sua alimentação é baseada em frutas (mais de 70 tipos diferentes), seiva, flores, invertebrados e répteis (estes dois últimos procurados no interior de bromélias).
A estrutura social é a família, formada por um casal e seus filhotes (o grupo é composto por mínimo 3 e, no máximo, 7 integrantes). Os membros da família costumam ficar próximos uns dos outros. Cada família se desloca por uma zona específica, chamada área de ação (esta área tem de 36 a 61 hectares e é defendida pelos membros da família). Foram observados casos deste animal vivendo sozinho.
Normalmente só quem reproduz no grupo é a fêmea dominante, esta controla suas filhas por meio de agressão para evitar que elas procriem. A reprodução ocorre, na maioria dos casos, uma vez por ano, a maior parcela de nascimentos acontece de setembro a fevereiro e o período de gestação dura de 127 a 137 dias. Em cada parto a fêmea dá à luz a um ou dois filhotes. Os membros do grupo ajudam a mãe a cuidar das crias, que são transferidas para outro integrante, após 7 dias.
Graças ao tráfico desta espécie, ao envio de animais para zoológicos e à destruição do seu habitat, para desenvolvimento da agricultura, criação de gado e urbanização, o mico-leão-dourado está ameaçado de extinção. Dada a perigosa situação deste primata, desde 1.984, foram introduzidos na natureza vários exemplares criados em cativeiro, mas os resultados tiveram êxito relativo, visto que, até 2.004, somente 65% dos animais sobreviveram por mais de 6 meses. Há estimativas de que, hoje, existam aproximadamente 2.000 exemplares deste animal vivendo em liberdade, mas ainda é um número pequeno para a continuidade da espécie.
Tamanduá-bandeira - tridactyla

Nome científico: Myrmecophaga tridactyla
Família: Myrmecophagidae
Nome popular: Tamanduá-bandeira
Categoria: Vulnerável
Espécie: tridactyla
Bioma: América central e América do Sul 

tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), também conhecido como papa-formigas, é um mamífero quadrúpede e desdentado pertencente à família Myrmecophagidae e à ordem Xenarthra. È um animal de aspecto bem diferente, solitário, pacífico e cauteloso que costuma caçar tanto durante o dia como durante a noite. Pode-se encontrar este estranho animal desde a América central (Belize) até a América do Sul (Argentina).
Este mamífero tem uma pelagem espessa que se torna maior na cauda. O focinho dele tem formato cilíndrico. Sua visão é fraca, mas sua capacidade de olfação é bem aguçada (cerca de 40 vezes maior que a do homem), desta forma, ele não tem problemas para localizar facilmente um formigueiro ou um cupinzeiro na hora de se alimentar. O peso de um adulto desta espécie pode pesar até 40 kg, seu comprimento pode chegar até 2m (incluindo a cauda) e sua altura pode atingir 60 cm. Eles têm uma coloração acinzentada, com faixas diagonais pretas com as bordas brancas.
Este animal é dotado de fortes e longas garras dianteiras com as quais escava as resistentes paredes dos formigueiros e cupinzeiros onde, em seguida, introduz sua língua, pegajosa e longa (aproximadamente 60 cm), que é utilizada para explorar as galerias do formigueiro e levar os insetos à boca, normalmente formigas, cupins, larvas, besouros. Por dia o tamanduá-bandeira é capaz de ingerir até 30.000 insetos. As garras também são utilizadas para se defender dos predadores, situação na qual o tamanduá-bandeira abraça seu predador para cravar-lhe as longas garras. É daí que surge a expressão popular “abraço de tamanduá”.
Infelizmente o tamanduá-bandeira é mais um animal ameaçado de extinção devido ao fato do homem estar destruindo seu habitat. Os fatores que têm contribuído para isso são: a caça indiscriminada, as queimadas (e seu pêlo é extremamente inflamável) e o avanço da agropecuária no cerrado (ecossistema que, por ser bem aberto, não possui lugares onde o tamanduá-bandeira possa se esconder).
Estes animais são vistos juntos somente na época da reprodução, normalmente na primavera. A fêmea tem apenas um filhote por ano, este filhote nasce, após uma gestação de 190 dias, muito frágil com aproximadamente 1,3 kg. Ele é carregado no dorso de sua mãe e alimentado durante os primeiros 9 meses, período em que só se alimenta de leite.

Mico Leão da cara preta - Leontopithecus Caissara
É vulgarmente conhecido como mico-leão-da-cara-preta, pelo fato de sua coloração dourada do corpo diferir de sua juba negra. 
É considerada a mais ameaçada da família dos calitriquídeos. Endêmico da Mata Atlântica, ocorre na planície costeira do litoral sul de São Paulo e norte do Paraná, nos limites dos municípios de Guaraqueçaba e Cananéia, onde se encontra um dos maiores contínuos desse bioma no Brasil. 
São pequenos primatas arborícolas e gregários, que formam grupos de 5 indivíduos, normalmente compostos pelo par reprodutivo e seus filhotes. Não há dimorfismo sexual. Foi a última espécie do gênero a ser descrita. 
O registro de altitude máxima é de 20 m. Estima-se que a população esteja em torno de 400 animais. A espécie é fauni-frugívoro, sendo sua dieta composta, de frutos, insetos e pequenos vertebrados, consumindo também fungos, flores e exsudatos.
(MACHADO et al., 2008).



Grupo: Mamíferos.
Espécie: Leontopithecus Caissara.
Nome Popular: Mico Leão da Cara Preta ou Saguizinho.
Fatores de ameaça: Tamanho populacional reduzido, restrita distribuição geográfica, perda de habitat, turismo desordenado.
Classificação: Criticamente em perigo.
Bioma: Mata atlântica.


Arara Azul de Lear  -  Anodorhynchus Leari

É uma arara de porte médio, cujos indivíduos medem entre 70 e 75 cm. Possui um possante bico negro e a plumagem da cabeça e do pescoço é azul-esverdeada. O ventre é azul-pálido e o dorso, as asas e a cauda são azul-cobalto, sendo o anel perioftálmico em tom amarelo-claro.
Apresenta uma área nua, de formato triangular, na base da mandíbula, de coloração amarelo-enxofre, ainda mais clara do que a observada no anel perioftálmico. A espécie pernoita e nidifica em cavidades existentes nos paredões de arenito e sai da área de repouso ao amanhecer, partindo para as áreas de alimentação. No final da tarde, os bandos retornam aos seus abrigos, chegando logo após o pôr-do-sol ou ainda mais tarde.
O principal item alimentar é o coco da palmeira licuri (Syagrus coronata). Estima-se que o consumo diário de uma arara adulta seja de 350 cocos. O período reprodutivo está associado à época de chuvas, tendo início no mês de setembro e prolongando-se até abril. O período de eclosão dos ovos e o início da saída dos filhotes do ninho são de 87 dias. O macho e fêmea se revezam no cuidado parental.


Grupo: Aves.
Espécie: Anodorhynchus leari .
Nome popular: Arara Azul de Lear.
Fatores de ameaça: Perda e degradação de habitat, tráfico ilegal.
Classificação: Criticamente em perigo.
Bioma: Caatinga.
Unidade de conservação: ARIW Cocorobó, Estação Ecológica Raso da Catarina, Estação Biológica de Canudos, todos no estado da Bahia.
Nossas Ações: Redes de monitoramento das atividades de Conservação Federais no Bioma Caatinga. Revisão do Plano de manejo da Arara azul de Lear. Soltura experimental das Araras Azuis de Lear. Monitoramento do status populacional da espécie e avaliação do estado de conservação das aves do Brasil.

Ariranha - Pteronura Brasiliensis

         É a maior das lontras, é um animal social que vive em grupos de até 16 indivíduos, formados por um casal dominante e seus descendentes dos dois ou três últimos anos.                           Sua natureza curiosa e a gama de vocalizações emitidas tornam a espécie presa fácil dos caçadores. Chegam a medir 1,8 m de comprimento total e possuem uma mancha pardo-amarelada na região do pescoço e garganta. 

        Por ser predadora, a espécie preferi corpos de águas claras ou pretas com alguma transparência. As fêmeas normalmente entram em estro apenas uma vez por ano, podendo, no caso de perda da prole, estrar duas vezes no mesmo ano. Após uma gestação de 60 dias, nascem de 1 a 5 filhotes por ninhada, os quais atingem maturidade sexual entre os 2 e 3 anos de vida, quando deixam o grupo familiar para formar os seus próprios grupos. 

        Diurna, cava tocas nos barrancos dos rios, onde o grupo se recolhe no fim do dia.    Os filhotes quando nascem levam cerca de 2 a 3 semanas par asair da toca, mas não entram na água. A espécie consome, por dia, cerca de 10% do seu peso corporal em alimento e, em função de sua alta taxa metabólica, o tempo médio de passagem do alimento no trato digestivo é de apenas 3 horas. Alimentam-se de peixes, pequenos mamíferos, aves, répteis e invertebrados. 


Grupo: Mamíferos
Espécie: Pteronura brasiliensis 
Nome Popular: Ariranha
Fatores de Ameaça: Caça, perda, fragmentação, de habitats, mineração, desmatamento, tráfico, turismo descontrolado.
Classificação: Vulnerável
Bioma: Amazônia, Pantanal.
Unidades de Conservação: Maracá – RR, Taimã Parna do Pantanal Matogrossense – MT, Rio do Acre – AC, entre outras.
Nossas ações: Ecologia e Conservação da Ariranha no Cerrado, avaliação do estado de conservação dos mamíferos da Ordem carnívora.